17/05/2021 às 12h10min - Atualizada em 17/05/2021 às 12h10min
Prefeitura de Espera Feliz firma parceria com a UFJF para elaboração de programas e ações para minimizar os impactos das enchentes
Enchentes
A Prefeitura de Espera Feliz, através do secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil , Alessandro Brinati, realizou uma reunião online, com uma equipe multidisciplinar da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, especializada em estudos hídricos e drenagem urbana.
A equipe é coordenada pelo professor Dr. César Henrique Barra Rocha, engenheiro civil e doutor em geografia, que possui experiência em meio ambiente, monitoramento e avaliação de impactos ambientais, mapeamento de riscos, capacidade de suporte e resiliência, recursos hídricos e bacias hidrográficas.
A prefeitura está firmando uma parceria com a UFJF, através da equipe do Dr. Cesar, para realização de estudos, elaboração de programas e ações visando minimizar os impactos das enchentes no município.
O objetivo da reunião, foi discutir o cenário das enchentes de 2020 e 2021, os aspectos hídricos, drenagem do município e as principais diretrizes para minimizar o volume de água na calha do rio, no período chuvoso.
Definiu-se na reunião que o primeiro passo é a realização de um levantamento planialtimétrico cadastral ao longo do rio. Esse levantamento, trata-se um serviço realizado através de técnicas de medição que permitem determinar o tamanho, área e o desnível de um terreno, realizado com drones especializados, resultando uma planta topográfica para identificar e definir as principais áreas de intervenção.
De acordo com Dr. Cesar, Espera Feliz, encontra-se numa região de alta produção hídrica natural e a calha do rio não comporta mais o volume de água produzido no período chuvoso. Isso ocorre em função dos impactos ambientais que afetaram a bacia hidrográfica ao longo dos anos, como desmatamento de topos de morro, aterros, desaterros, construções irregulares, entre outros, que comprometem a retenção de água no subsolo, fazendo que toda água escoe para o leito do rio. Assim, apenas uma dragagem do rio não é suficiente para resolver o problema, faz se necessário estudar área e elaborar medidas de curto, médio e longo prazo para resolver ou pelo menos minimizar os problemas que esta situação vem trazendo para a população local.
Dessa forma, esse levantamento diagnóstico dará base para identificar alternativas possíveis, como a construção de uma barragem maior ou pequenas barragens, antes da área urbana e outras áreas mais afetadas, ou ainda, na parte alta das bacias, com a finalidade de reter a água, nos períodos de maior risco.
A equipe também conversou sobre possíveis ações de longo prazo e ressaltou a importância de se criar uma cultura ambiental de preservação das matas de topo, reflorestamento de áreas degradadas e muita cautela na abertura de loteamentos e outros usos do solo, pois caso contrário, toda ação realizada será apenas paliativa.
Em breve teremos um diagnóstico do cenário atual do município, para iniciar as medidas possíveis antes do próximo período chuvoso.