O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a possível aplicação de uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros acendeu o sinal de alerta em toda a Zona da Mata mineira — especialmente em cidades fortemente dependentes da cafeicultura. Em destaque, Espera Feliz, que ocupa o 6º lugar no ranking estadual de exportação de café, pode sentir os efeitos mais duros da medida.
Segundo dados do setor, Espera Feliz exportou cerca de 1,35 milhão de sacas de café, movimentando mais de US$ 329,9 milhões no último ano. Essa receita não apenas impulsiona a economia local, como sustenta milhares de produtores rurais e trabalhadores da cadeia produtiva do café.
Com a entrada em vigor da tarifa norte-americana, a cidade pode enfrentar retração nos negócios, queda nos preços pagos ao produtor e uma desaceleração generalizada da economia local.
A Zona da Mata, como um todo, é uma das principais regiões produtoras e exportadoras do grão no Brasil. Cidades vizinhas como Manhumirim e Manhuaçu também estão entre as maiores exportadoras do estado, reforçando o peso regional da cafeicultura.
A notícia provocou preocupação entre produtores locais, cooperativas e lideranças políticas. Nos bastidores, já se fala na necessidade de articulação junto ao governo federal para buscar alternativas diplomáticas ou estratégias de diversificação de mercados.
