04/10/2024 às 12h15min - Atualizada em 04/10/2024 às 12h15min

Chuvas irregulares e altas temperaturas desafiam cafeicultura em outubro

Café

Fonte: Play No Agro
Após um longo período de seca nas regiões cafeeiras do Brasil, o mês de outubro promete trazer algum alívio, embora com desafios. Segundo a agrometeorologista Ludmila Bardin, da Rural Clima, as chuvas devem marcar presença ao longo do mês, mas de forma bastante irregular, o que pode complicar o manejo das lavouras.

“Aos poucos, as chuvas vão avançar sobre essas áreas, porém de maneira irregular”, explica Ludmila. As previsões indicam que a primeira quinzena de outubro terá precipitações, embora elas ainda sejam esparsas e inconsistentes, prolongando o estresse hídrico para algumas regiões cafeeiras.
Outro ponto de preocupação é o risco de granizo, que permanece em outubro, assim como foi observado em setembro. Com a chegada das primeiras chuvas, há a possibilidade de que essas precipitações venham acompanhadas de ventos fortes e tempestades isoladas. “A atmosfera ainda está muito seca e quente, o que aumenta o risco de tempestades e granizo nas primeiras chuvas do mês”, alerta Ludmila.


Pensando no cenário da cafeicultura brasileira, a maior dificuldade continuará sendo a irregularidade das chuvas, somada às altas temperaturas previstas para o mês. “Teremos um mês quente, com temperaturas elevadas”, destaca Ludmila, acrescentando que, para o verão, há expectativa de um aumento nas precipitações, especialmente em Minas Gerais, um dos principais estados produtores de café.

“As chuvas no verão poderão ser mais frequentes, o que pode favorecer o desenvolvimento das lavouras. No entanto, até lá, o grande desafio será a irregularidade das precipitações em outubro”, aponta a especialista.

Com o avanço das frentes frias ao longo da segunda quinzena de outubro, é esperado que as chuvas comecem a se regularizar em estados como São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

Ludmila destaca que a La Niña deve ganhar força até o final do ano, o que pode influenciar positivamente as condições climáticas para a cafeicultura no início de 2025. “O verão, especialmente em janeiro e fevereiro, poderá trazer mais umidade para as regiões centrais do Brasil, incluindo São Paulo e Minas Gerais, o que seria benéfico para o desenvolvimento das lavouras.”

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