28/02/2024 às 16h05min - Atualizada em 28/02/2024 às 16h05min

Operação investiga fraude fiscal milionária no setor do café em MG

R$ 340 milhões em sonegação de impostos

Na manhã desta terça-feira, 27 de fevereiro, foi deflagrada a Operação Coffee Break, que tem como objeto a apuração de fraudes tributárias por grupo econômico de expressão no mercado de comercialização de café. A fraude é operacionalizada através de associação criminosa especializada em criação de empresas de fachada, as quais emitem notas fiscais falsas e assumem de modo simulado a carga tributária, sem o devido recolhimento de ICMS ao Estado de Minas Gerais. Estima-se a sonegação fiscal no valor de R$ 340 milhões relacionada ao grupo econômico localizado em Varginha, no Sul de Minas Gerais.

Conforme o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), além do crime de sonegação fiscal, os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro

Foram alvo de busca e apreensão as residências dos gestores do grupo econômico que se beneficia da fraude e dos membros da associação criminosa, bem como as empresas utilizadas no esquema criminoso.

Segundo apurado, a associação criminosa era especializada em fornecimento de serviços ilícitos para sonegação de ICMS no setor do café em Minas Gerais. Ela oportunizava com sua estrutura: venda de café sem a emissão de documentos fiscais obrigatórios; substituição do real vendedor em operações interestaduais; triangulação fictícia de notas fiscais; emissão de notas fiscais falsas para controle de estoque. O esquema criminoso é bastante sofisticado, contando com planejamento e controle das operações simuladas, tudo com o objetivo de conferir aparência de licitude às fraudes, embaraçando a fiscalização.

A operação foi desenvolvida pelo CIRA, em modelo de força-tarefa, com participação do MPMG, através do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), Receita Estadual de Minas Gerais, Polícias Civil e Militar, na regional do CIRA em Varginha.

As investigações contaram com a participação de sete promotores de justiça, seis servidores do MPMG, 37 servidores da Receita Estadual de Minas Gerais, 38 policiais militares, dois delegados de polícia e 11 policiais civis. Os trabalhos contaram com o apoio dos Caoets de Belo Horizonte e Contagem, e dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Passos, Varginha e Pouso Alegre.

 


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