O Hospital César Leite anunciou que irá suspender o atendimento do serviço de urgência e emergência, a partir de 01/10. A situação foi exposta em um comunicado oficial emitido pela direção do hospital e enviado às autoridades competentes da área de saúde regional.
De acordo com o comunicado, desde fevereiro de 2022, o hospital firmou um contrato com o Município de Manhuaçu e o Governo de Minas Gerais para prestar atendimento de urgência e emergência para a Microrregião de Manhuaçu e a Macrorregião Leste Sul, inclusive para viabilizar o funcionamento do SAMU Regional.
Conforme informou o provedor do hospital, Sebastião Onofre, houve a promessa dos municípios da região de ajudarem no custeio do serviço de urgência e emergência, na proporção dos atendimentos prestados. No entanto, passado mais de 18 meses, o HCL só contou com a ajuda financeira de cinco municípios, além de recursos transferidos pela Secretaria de Estado da Saúde.
São cerca de 850 mil reais que vem desse termo de cooperação com recursos do Valora Minas do Estado e dos municípios de Caputira, São João do Manhuaçu, Santana do Manhuaçu, Chalé e Manhuaçu, que fica com a maior parcela de 600 mil reais.
Numa reunião, no dia 08/08, entre a mesa diretora do HCL e a prefeita de Manhuaçu, Maria Imaculada, o Município informou que não teria condições de arcar com esses 600 mil reais por mês, devido à queda da receita municipal. “Os meses de julho e agosto já não foram pagos e esse déficit, que acaba se criando por conta dos compromissos que foram firmados para ter essa porta aberta de urgência e emergência, ficam na casa de R$ 1 milhão e noventa mil por mês. Isso tem afetado as outras especialidades que o Hospital Cesar Leite atende, como cardiologia, neurocirurgia, ortopedia, obstetrícia/ginecologia”, destaca.
Sebastião Onofre Carvalho explica que os dois meses representam um déficit substancial de R$ 1.033.551,27 no orçamento destinado à ao serviço de urgência.
O provedor do Hospital César Leite ressaltou que esse déficit é insustentável e que, se não houver uma solução rápida, a suspensão do atendimento de urgência e emergência se tornará inevitável a partir de 1º de outubro.
Confira o comunicado: