Na única viagem ao Brasil, em 1968, a rainha britânica Elizabeth II visitou Campinas (SP). A monarca, que morreu nesta quinta-feira (8), passou pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), onde conheceu os avanços na pesquisa com café. A tradição do chá inglês deu espaço ao interesse pelo café a ponto de Elizabeth e Príncipe Philip visitarem um viveiro em uma fazenda do instituto.
A rainha morreu aos 96 anos no castelo de Balmoral, na Escócia. O anúncio foi feito pelos canais oficiais da família real britânica durante a tarde desta última quinta (08).
A visita ao Brasil durou 11 dias e ela percorreu seis cidades: Recife (PE), Salvador (BA), Brasília (DF), São Paulo (SP), Campinas (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
Em Campinas, a monarca chegou às 13h40 do dia 7 de novembro de 1968 junto com o príncipe Phillip, o Duque de Edimburgo. Elizabeth II visitou a sede do IAC, na Avenida Barão de Itapura, e o viveiro de café na fazenda Santa Elisa.
Segundo o IAC, foi o príncipe Philip que demonstrou interesse pelas pesquisas de melhoramento do café. Isso porque o Instituto Agronômico coletou a planta em países africanos que foram colonizados pelo Reino Unido, como a Etiópia, para realizar os estudos.
“A última missão de coleta de material na Etiópia havia sido feita em 1964, quatro antes da visita da Rainha. Naquele último material trazido, estava a planta com baixo teor de cafeína, identificada pelo IAC em 2004 e que segue em desenvolvimento no Instituto”, disse o instituto.
No IAC, a Rainha foi recebida pelo governador do estado à época, Abreu Sodré, o então prefeito de Campinas Ruy Hellmeister Novaes, pelo ex-diretor do IAC José Elias de Paiva Netto e pelo pesquisador Alcides Carvalho, a maior referência em cafeicultura no mundo, de acordo com o IAC.
“As instalações visitadas pela Rainha permanecem em uso nas pesquisas com cafeeiro até os dias atuais”, informou o IAC.