O Rabobank acredita que os preços dos fertilizantes devem subir a partir deste mês, puxados pela demanda para o plantio da safra 2019/2020. Para o banco, as compras para a próxima temporada estão levemente atrasadas por conta dos preços altos de alguns componentes, em relação ao ano passado.
“Com o plantio programado para iniciar em meados do próximo trimestre, a demanda um pouco atrasada tem que acelerar ainda no mês de junho, para que não haja problemas de abastecimento. Esse movimento deve sustentar os preços dos fosfatados e potássicos”, afirmou o Rabobank no relatório.
Conforme o banco, a ureia (matéria-prima de fertilizantes nitrogenados) se valorizou 8% nos últimos meses nos portos brasileiros, enquanto o preço do KCl (cloreto de potássio) subiu 10%. Já o valor do MAP (fosfato monoamônico) caiu 15% nos portos. Ainda assim, as principais formulações usadas por produtores brasileiros (que levam os três ingredientes) estavam entre 1% e 10% mais caras no início de junho em relação a 2018.
Com o reajuste, a relação de troca de adubos por grãos piorou para os agricultores (sendo necessário maior número de sacas de grãos para adquirir o mesmo volume de adubo), o que reduziu a demanda. Este fator pode resultar em atraso da importação de fertilizantes e problemas na programação das entregas.
O banco alerta que, com o alto preço do potássio e a perspectiva de margens menores para produtores de café e soja na próxima safra, a tendência é de que parte dos produtores reduza a adubação deste nutriente no ano. O Rabobank projeta entregas de 35,8 milhões de toneladas de adubos em 2019, pouco menos de 1% acima dos 35,506 milhões de toneladas contabilizadas pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) em 2018.
As informações são do Globo Rural.