A Feirinha itinerante do Brás, parecida com a que acontece em São Paulo, conhecida como “feira da madrugada”, gerou descontentamento aos lojistas da cidade de Dores do Rio Preto – ES nesse fim de semana. Instalada por quatro dias em Dores de Minas, distrito de Caiana MG, a feira recebeu em boa parte do seu público moradores de Dores do Rio Preto, já que ali fazem divisa de Estado.
A feira se instalou na BR 482, próximo ao Posto TPJ, nos dias 14,15,16 e 17 de Junho, e apesar de pouco tempo, foi o suficiente para provocar revolta nos comerciantes da cidade de Dores do Rio Preto ES. Eles alegam que pagam seus impostos e lutam diariamente para permanecer em atividade, dando emprego inclusive a moradores de Dores de Minas, e de repente, chegam os feirantes do Brás para levar o dinheiro da cidade embora.
Um comerciante de Dores do Rio Preto relatou que a feirinha do Brás faz com que os consumidores do município deixem de pagar suas contas para utilizar o dinheiro para fazer compras nas diversas barracas da feira, e transtornado falou ainda: “Tem muitas famílias que tem a renda do comércio, então se uma empresa de fora que não vai deixar seu dinheiro aqui, não vai gerar emprego, não vai girar dinheiro em nossa cidade, só vai trazer prejuízo ao comércio, o que pode levar até mesmo a dispensa de funcionários, então eu vejo que isso pode prejudicar muitas famílias”.
Já uma vendedora de Dores de Minas falou que é uma competitividade desleal entre o comércio de Caiana e Dores do Rio Preto. “Atrapalha as vendas da gente, eu não acho certo. Pagamos impostos, andamos tudo certinho e em poucos dias eles levam todo o dinheiro daqui, comprometendo todo o nosso mês. Numa crise dessas, nem sei como vou fazer para honrar os compromissos no fim do mês”.
Já alguns consumidores relataram que a Feirinha do Brás é uma opção de comprar gastando pouco, além de ser um atrativo para as pessoas. "Passei aqui na frente e parei para dar uma apreciada. Acho interessante, é algo diferente. Muitas pessoas da roça nem sabem que existem o Brás e a vinte e cinco de março. Muitas não têm condição de pagar os preços que as lojas oferecem. Esta vinda para os municípios menores atraí a população. É um custo acessível, relatou um consumidor.