O cafeicultor Anderson Domingos da Silva, do município de Divino, mecanizou os rodos usados na secagem do café no terreiro. A invenção poupa tempo e mão de obra, aumenta a qualidade do café que ele produz, e lhe rendeu o segundo lugar no 7º Prêmio Emater-MG de Criatividade Rural.
Anderson faz parte do grupo do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café+Forte oferecido pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Divino que iniciou as atividades este ano.
O técnico de campo Marcelo Pinheiro acompanha o produtor e destaca que a sua dedicação, curiosidade e busca por conhecimento em cursos e encontros com outros produtores são diferenciais. “Ele quer investir cada vez mais na produção e comercialização dos cafés especiais, está no caminho certo e vamos ajudá-lo”, comentou.
Anderson iniciou a produção de café especial há um ano e já se destacou ganhando um concurso de qualidade. Ele espera que o ATeG potencialize o trabalho e o ajude na comercialização. “Muitas vezes o produtor se dedica ao trabalho na lavoura e não consegue se atualizar na área e divulgar o seu produto. O ATeG nos apresenta as inovações e traz gestão para a propriedade, isso as proporciona melhorias que estou buscando”.
Como funciona?
Durante a secagem no terreiro, o sistema de rodos criado por Anderson se move por toda a extensão da estrutura mexendo os cafés e garantindo que os grãos sequem de maneira mais uniforme.
A criação funciona de maneira sustentável e sem gasto de energia elétrica. O sistema usa a energia cinética de uma roda d’água construída com embalagens plásticas reaproveitadas para mover os rodos. Um córrego que fica na propriedade é a fonte usada na mecanização.