Uma idosa de 86 anos, moradora da cidade de Dores do Rio Preto ES, morreu vítima da mutação inglesa da Covid-19.
Segundo informações, a coleta do material para o exame que detectou a Cepa é do dia 3 de Março de 2021.
Segundo registro oficial do município, 7 pessoas foram infectadas pela Cepa, dentre elas, 5 casos foram do início do mês de Março.
Mais letal, a variante inglesa é encontrada em 65 municípios do Espírito Santo
Um estudo realizado pelo Laboratório Central (Lacen) identificou a presença da variante do Reino Unido (B.1.1.7) da Covid-19 nas amostras de 65 municípios do Espírito Santo. Os diagnósticos mostram que a nova cepa começou a ser propagada entre novembro e dezembro de 2020. O resultado da pesquisa foi divulgado na tarde desta segunda-feira (22) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
As variantes do coronavírus surgem toda vez que o vírus se multiplica ou é transmitido entre várias pessoas. Isso contribui para que mutações ocorram, podendo surgir novas variantes virais com taxas maiores ou menores de transmissão.
De acordo com o diretor do Lacen Rodrigo Rodrigues, foi possível perceber que a variante inglesa foi introduzida no território capixaba em momentos diferentes e simultâneos. Outros dez estados do Brasil também apresentaram amostras da B.1.1.7 nos diagnósticos da Covid-19.
Rodrigues afirmou que a variante do Reino Unido é capaz de infectar até 74% a mais do que outras cepas. Além disso, a taxa de óbito em pacientes com a B.1.1.7 é 61% maior. Segundo o diretor, isso pode representar o aumento de infecções e óbitos desde janeiro no Espírito Santo.
No estudo, foi registrado no estado mais sete variantes que sofreram mutações a partir da cepa inglesa, sobretudo em pacientes jovens. O Lacen identificou os municípios de Barra de São Francisco e Píuma, como epicentros da transmissão.