Logo após os primeiros registros, equipes dos bombeiros e da Defesa Civil se deslocaram para Carangola, onde implementaram um posto de comando para coordenar as atividades. Também foi enviado um caminhão com donativos, com colchões, kits de limpeza e de higiene.
“Viemos acompanhar a questão de desabrigados e desalojados, como está esta situação. A Defesa Civil do Estado também vai providenciar aquilo que for necessário a essas pessoas", afirmou o governador.
Zema lembrou, ainda, que é necessário encontrar uma solução a longo prazo para que outras situações como esta não se tornem recorrentes. "Precisamos encontrar para o futuro algo que possibilite o cidadão de Carangola viver tranquilo quando cai a água do céu. É muito triste para uma pessoa ver todo o seu patrimônio ir embora numa noite chuvosa como aconteceu", afirmou.
Situação de emergência
Durante a visita, Zema se reuniu com o prefeito do município, Silas Vieira, representantes do município e percorreu a cidade para conversar e prestar solidariedade aos moradores e comerciantes, e ver de perto os estragos.
O governador lembrou, no entanto, que a declaração de emergência pelo município, com o auxílio da Defesa Civil, vai ajudar a cidade na reconstrução. "Com o estado de emergência, o Estado vai dar total apoio ao município, solicitar verbas para que as vias públicas, pontes e outras estruturas que foram afetadas possam ser reconstruídas o quanto antes", finalizou.
Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil e chefe do Gabinete Militar do governador, coronel Osvaldo de Souza Marques, o trabalho de integração é realizado para minimizar os danos à população.
“A Defesa Civil trabalha na prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação dos desastres. Tão logo começaram as chuvas intensas na Zona da Mata, enviamos equipes para analisar e tentar preparar os municípios. Nós atuamos como coordenadores dos eventos, sempre de forma integrada com outros órgãos do estado e as prefeituras. A atuação coordenada nos garante a nossa meta, que é salvar vidas e levar um alento para quem perdeu as coisas com a ajuda humanitária", disse o coronel.
Prejuízos
Com o temporal, o morador José Geraldo Alves precisou sair às pressas de casa. Ele deixou a residência com suas duas filhas e o genro. "A água passou por cima. Perdemos tudo. E do jeito que a casa ficou não tem como voltar para lá", afirmou.
Josélia de Souza, filha de José Geraldo, contou que eles deixaram tudo para trás. A família está alojada em uma escola do município. "Saímos praticamente com a roupa do corpo. Nem as compras, as comidas da geladeira, a gente conseguiu salvar. Fomos lá para tentar limpar a casa e está tudo boiando", lamentou.
Mesmo morando no segundo andar, Luciano Oliveira dos Reis também viu muito de seus móveis e eletrodomésticos serem perdidos após a água atingir cerca de quatro metros de altura. O andar de baixo, onde a sogra morava, foi evacuado a tempo, mas não poupando os estragos materiais. Na porta de casa, junto ao barro, Luciano tenta contabilizar os prejuízos.
"Ano passado tivemos uma enchente, mas não a ponto de subir para o segundo andar. Perdemos desde roupas a móveis. Agora estamos tentando limpar a casa e organizar o que conseguirmos guardar", contou.
(*) Com apoio da Agência Minas