13/01/2021 às 13h31min - Atualizada em 13/01/2021 às 13h31min

Secretaria de Saúde de Manhuaçu se reúne com secretários de 19 de cidades da microrregião

Tratamento para a Covid-19

Em uma reunião realizada na manhã desta última terça-feira (12) no auditório da Câmara Municipal de Manhuaçu, a Secretaria Municipal de Saúde de Manhuaçu mostrou o tratamento precoce para a Covid-19, já instituído no município, para equipes de saúde de 19 cidades da microrregião de Manhuaçu.


O objetivo é que estas cidades adotem o mesmo tratamento, contribuído para a diminuição dos casos graves da doença atendidos em Manhuaçu. Estiveram também presentes na reunião o anfitrião da casa, o Presidente da Câmara Cleber Benfica e o Superintendente Regional de Saúde, Juliano Estanislau.


Os responsáveis pelo novo protocolo, os médicos e diretores do Hospital Municipal, Dr. Marcelo Heringer e Dr. Vinicius Valentim e o infectologista Dr. Tiago Pires Heringer, falaram aos presentes como ele funciona e em quais casos ele deve ser adotado.


“A nossa intenção é diminuir o número de internações, diminuir o número de casos graves da Covid, através da implementação desse tratamento precoce. Nada foi tirado de trás da orelha, é um trabalho embasado cientificamente, já usado em outros lugares e tendo resultado legal. Hoje a gente fica muito feliz de ter conseguido reunir, dos 23 municípios da nossa microrregião, 19 estiveram aqui, para nos escutar e tentar fazer que isso seja regionalizado. Nós sabemos muito bem que, metade ou um pouquinho mais dos nossos leitos ocupados em Manhuaçu, são das cidades vizinhas”, disse o diretor clínico do Hospital Municipal e clínico geral Dr. Marcelo Heringer e pediu aos gestores que não permitam a realização de festas durante o feriado de Carnaval.


A Secretária de Saúde, Ana Lígia Assis Garcia, pontuou que é preciso uma integração regional para o sucesso do tratamento. “A nossa proposta é que eles conheçam o que o Manhuaçu está fazendo de tratamento precoce para a Covid e que dentro da possibilidade faça uma adesão a esse modelo de tratamento. Nós precisamos que tenhamos mais ações regionais, por que senão teremos um resultado que será comprometido por conta dos municípios vizinhos”.


O tratamento

O diagnóstico da doença é clínico e que o tratamento é de acordo com o paciente e seu histórico e, que ele é determinante na evolução do paciente durante o tratamento, destacou em sua fala que o infectologista Dr. Tiago Pires Heringer.

“O atendimento primário vai ser o mais acessível, em uma fase que o grau de suspeição diante de qualquer febre, dor muscular, dor de garganta vai ser o mais fácil”. Ele ainda salienta o acompanhamento que o paciente deve ter durante o tratamento. “O acompanhamento é necessário porque é uma doença de fases, didaticamente ele é divida em três fases. A fase um, seria com aqueles sintomas clássicos, febre, dor muscular, falta de apetite. Na fase já começa a migrar para os sintomas respiratórios e na fase três, que é uma fase mais crítica, então que ter um acompanhamento contínuo”.


O diretor técnico do Hospital Municipal e cardiologista Dr. Vinicius Valentim mostrou aos gestores quais os medicamentos que estão sendo administrados em cada fase da doença. Na primeira fase, que é viral e com sintomas leves, são administrados cinco medicamentos, hidrocloroquina, azitromicina, ivermectina, zinco e vitamina D. A segunda fase, que é inflamatória, são receitados dois remédios, a predinisona e a amoxicilina/clavulanato.


O médico destacou a necessidade desse tratamento no atual momento. “Hoje a gente vive numa situação que os CTI’s estão cheios , os casos graves estão abundantes na cidade, vindo das cidades vizinhas também. O tratamento precoce ele é a grande esperança para que os pacientes comecem o tratamento nos primeiros dias de sintomas, situação quando os sintomas são leves, passam despercebidos. Mas é nessa fase que o tratamento precoce ele é mais eficaz e é nesses pacientes que queremos reduzir o agravamento, para que eles não precisem ir para o hospital, para que eles não precisem ir para o CTI”.


 
O médico pede para que a população não se automedique, pois é preciso que um médico avalie clinicamente o paciente para determinar qual estágio de tratamento deve seguir.

“O diagnóstico é feito pelos sintomas, a gente tem uma triagem. O paciente tendo os sintomas de coronavírus, mesmo que leves, ele é encaminhando para o medico avaliar. É um tratamento para cada estágio, para que não ache que é um tratamento padrão para todo mundo. A avaliação médica é muito importante para fazer essa diferenciação. O tratamento nos primeiros cinco dias dos sintomas, é diferente do tratamento depois. São medicações diferentes. A doença tem uma fase viral e depois vai para uma fase inflamatória, então são tratamentos diferentes e o tratamento não pode ser feito fora da fase correta, porque pode prejudicar a saúde do paciente. A automedicação não vale a pena, porque o acesso hoje é muito fácil, qualquer hora que você procurar o posto de saúde, vai ser atendido e vai receber o tratamento precoce, de acordo com o estágio da doença que você apresentar”.


 
As Unidades Básicas de Saúde estão responsáveis pelo atendimento clínico e dos casos leves da doença, segundo o médico Marcelo Heringer.


“Há uma semana nós passamos o atendimento clínico, daquele que não está grave para as Unidades Básicas de Saúde, isso facilita com que o médico da UBS faça uma avaliação, inicie o tratamento precoce e esvazie o atendimento na Unidade Respiratória, se você passasse na UAR há uns dias atrás, era tanta gente para consulta, que ficava gente sentada do lado de fora esperando. Não é uma coisa humana, não é uma coisa legal para se fazer. A gente quer que a Unidade Respiratória vire realmente um centro de atendimento ao paciente grave. Com isso vai começar esse tratamento precoce dentro das Unidades Básicas de Saúde e, até mesmo internação domiciliar, acompanhado pela nossa telemedicina e também os agentes de saúde irão fazer as visitas, para que se for preciso que ele retorne a UBS para o médico reavaliar, para se necessário começar a segunda fase do tratamento ou até mesmo encaminhar para a Unidade Respiratória. Essa mesma proposta foi conversada com os municípios vizinhos. Eles mais ainda terão que usar as UBS’s, porque eles não têm hospitais, trazendo para cá o paciente que realmente necessita o atendimento da Unidade Respiratória”.


Secretaria Municipal de Comunicação

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