14/12/2020 às 15h58min - Atualizada em 14/12/2020 às 15h58min

Prefeitura de Dores marca prazo para o laticínio retirar depósitos de resíduos

Reintegração de posse

Município já havia conseguido na justiça reintegração de posse de um terreno inutilizado pela empresa.
 

O prefeito de Dores do Rio Preto, Cleudenir José de Carvalho Neto (Ninho), acertou com o presidente da empresa de laticínios Porto Alegre, nesta última sexta-feira (11), detalhes para a reintegração de posse de um terreno que a municipalidade vinha disputando na justiça. 


O diretor presidente da Porto Alegre, João Lucio Barreto Carneiro, esteve no município acordando com a administração sobre alguns pontos divergentes, tais como: retirada do resíduo de leite dos três depósitos, utilização de um transformador de energia e cercamento da área ora reintegrada. 


Pelo acordo, ficou acertado que em trinta dias o terreno estará liberado para a prefeitura iniciar a sua utilização, inclusive com o fechamento, que a princípio deverá ser feito com uma cerca de arame. 



Saída
 

Durante a reunião, o presidente da Porto Alegre anunciou também que a empresa não tem a intenção de continuar operando no município, haja vista que uma grande indústria está sendo construída em Rio Novo do Sul e todo o produto coletado na região será processado lá. Ele assinalou que o funcionamento de um posto de resfriamento de leite com menos de 100 mil litros, como é o caso de Dores, é deficitário. 



Após a reunião, realizada no plenário do CRAS de Dores, as autoridades visitaram o terreno que de agora em diante estará sob a tutela do município. Embora o presidente tenha tentado convencer o prefeito Ninho de que os depósitos de resíduos de leite não causem problemas ambientais, Ninho afirmou que em determinados momentos a população não suporta o mal cheiro. 


Quanto à saída da empresa do município, o prefeito enfatizou que não vai causar nenhum prejuízo à municipalidade. Ele enumerou pelo menos quatro fatores negativos causados pela empresa nos últimos tempos. Segundo ele, um dos prejuízos é o social. 


Antes da Porto Alegre passar a operar no município, a empresa Pajé tinha setenta e dois funcionários registrados e gerava mais outros cinquenta empregos indiretos. Além disso, o comércio de derivados na lojinha da empresa atraía visitantes o tempo todo. Além dos empregos, a empresa gerava receita para o município. 


Outro problema segundo Ninho é o tributário. Ele disse que a empresa Porto Alegre conseguiu uma isenção de impostos no Estado como forma de estímulo para instalar a indústria no município de Rio Novo do Sul, e acabou que parte da isenção está sendo descontada no bolo de distribuição de ICMS que cabe ao município de Dores. “Se o produto (leite) do município de Dores for vendido para outra empresa, nós passaremos a arrecadar em função da guia do produtor”, assinalou o prefeito. 


 

Ninho apresentou ainda outros dois problemas sérios. Um é o ambiental em virtude do mal cheiro dos depósitos de resíduos e o outro é o prejuízo com a destruição dos calçamentos das ruas da cidade em virtude do trânsito de caminhões pesados circulando o tempo todo. "Isso tem causado despesas de material e mão obra para manter as ruas em condição de trânsito", destacou. 


A Notícia do Caparaó


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