A Superintendência Regional de Saúde de Manhuaçu (SRS) promoveu reunião virtual com a presença de secretários de saúde e gestores das cidades da região para discutir ações em relação à mudança para a Onda Vermelha do Minas Consciente, plano criado para orientar a retomada segura e responsável da economia nos municípios durante a pandemia da Covid-19.
O encontro virtual, presidido pelo diretor da SRS, Juliano Estanislau, contou com cerca de 25 participantes.
O recuo para a onda vermelha foi devido ao aumento na taxa de incidência, relação de transmissão e a lotação dos leitos de hospitais, que não terão condições de atender aos doentes. O Hospital César Leite em Manhuaçu, passará a ter 30 leitos de UTI Covid-19, mais 15 leitos intermediários de suporte ventilatório e outros de enfermaria. No entanto, o cenário tem se mantido alarmante em toda a região nos últimos dias.
Logo na abertura da reunião, o diretor Juliano Estanislau pontuou que a melhor solução no momento é justamente o distanciamento social, a adoção de medidas preventivas, uso de máscara. “Todas as medidas que podemos tomar para evitar a propagação, a contaminação devemos fazer. É a melhor ação que podemos tomar neste momento”, destacou.
O aumento do número de casos foi justamente nos momentos em que houve aglomerações: como na véspera de feriados e agora após eleição. “Isso mostra para a gente que o distanciamento social e o uso da máscara têm um resultado perceptível. Esse cuidado é muito importante”, pontuou.
O diretor ainda reforçou que os óbitos aconteceram em pacientes que tiveram leito adequado. “A garantia de um leito não é uma garantia de sobrevivência. A doença é grave”.
COLAPSO TOTAL
Em sua fala, o diretor da SRS explicou que é impossível ampliar leitos na mesma proporção que a doença vem crescendo e que é preciso evitar o colapso total do sistema de saúde.
Juliano Estanislau chamou a responsabilidade dos gestores municipais com a população. “Estamos aqui para buscar a união das instituições, criar a sensibilização nos gestores e principalmente na população. Cada pessoa tem que perceber que é responsável pela vida dela, começar a se preservar e preservar seus familiares porque a situação é crítica”.
Segundo ele, a grande preocupação é que, se chegar a um colapso assistencial, a própria população e a Justiça vão determinar o fechamento. “Não temos interesse de fechar comércio. O Minas Consciente é um plano econômico e sanitário, a gente quer que o comércio funcione, mas que funcione de uma forma adequada. Se as pessoas não adotarem as posturas corretas, seguirem os protocolos, infelizmente estamos caminhando para uma situação de colapso total”.
Carlos Henrique Cruz