A necessidade de preparar os serviços de saúde do Estado é de fundamental importância para organizar as ações e as atividades a serem devolvidas no território. “O planejamento garante a articulação entre os municípios e o Estado de maneira eficiente, o que nos ajuda, enquanto gestores, a entender melhor as necessidades locais para garantir apoio adequado e a redução dos danos”, enfatiza Carlos Eduardo Amaral, secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais.
Os danos à saúde são os resultados mais agressivos que os desastres podem provocar. Por isso, pontua Ângela Ferreira Vieira, diretora de Vigilância em Alimentos e Vigilância Ambiental da SES-MG, “é dever do SUS se munir de estratégias que o tornem capaz de agir na preparação e na resposta frente aos eventos adversos do período chuvoso, oferendo um tratamento digno aos afetados. O Plano é uma importante ferramenta com diretrizes e normas necessárias para que o setor de saúde possa se organizar de maneira antecipada em nosso estado”, reforça.
No primeiro momento, no nível estadual, as ações serão no sentido de preparar as estruturas e orientar os municípios. No âmbito da Atenção Primária, serão divulgados protocolos para instruir e subsidiar os municípios nas ações locais; a Urgência e Emergência, será alinhada com o CBM-MG para o transporte aéreo de equipe e materiais para os municípios distantes e/ou comunidades ilhadas; na Saúde Mental, serão feitos diagnósticos da Rede de Saúde mental, e emitida nota técnica com orientações de acolhimento da população pós-ocorrência; no setor de Assistência Farmacêutica, vão ser estabelecidos fluxos para o envio, avaliação da necessidade e reposição de medicamentos; na Vigilância em Saúde, as ações incluem criação e divulgação de protocolos de orientação para os profissionais de saúde municipais, vigilância sanitária em abrigos municipais, com plano especial para não haver aglomeração, estabelecimento de protocolos vacinais, preparação e adequação da Rede de Frio e verificação da capacidade de suporte laboratorial.
A resposta de saúde divide-se em duas fases: resposta imediata, que envolve a busca, o resgate e a primeira assistência de saúde aos atingidos. E resposta tardia, que concentra na reabilitação da saúde da população, no restabelecimento dos programas de rotina e na atenção no bem-estar da população atingida.