05/10/2020 às 15h52min - Atualizada em 05/10/2020 às 15h52min

Com quarentena, Minas tem queda de 33,7% nos crimes violentos nos primeiros 8 meses do ano

Veja os índices

Minas Gerais registrou queda nos registros de 14 entre 15 crimes violentos, em comparação com o período de janeiro a agosto do ano passado, de acordo com dados apresentados nesta sexta-feira (2) pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).


O índice geral de crimes violentos dos oito primeiros meses de 2020 foi 33,7% menor do que no mesmo período de 2019, com 16.202 ocorrências a menos.


Os índices que apresentaram quedas mais expressivas foram roubo tentado (redução de 49,73%), roubo consumado (36,46%) e sequestro tentado (33,33%). A menor queda foi de homicídio consumado (2,25%).

Veja os índices:



 

Para o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Rodrigo Sousa Rodrigues, a redução se deve à gestão do desempenho operacional, com foco na melhoria dos processos de trabalho e na otimização dos recursos humanos e a setorização da gestão, com a implantação do projeto Bases de Segurança Comunitária, que fomenta a comunicação direta e próxima à população.


Ele também aponta o uso de tecnologia e a integração entre os órgãos que compõem o Sistema de Defesa Estadual.



Mas existe ainda outro fator que não foi levado em conta pelo comandante da PM: o isolamento social. Para o especialista em Segurança Pública Luis Flávio Sapori, o trabalho da Polícia Militar de Minas Gerais realmente é fundamental para a redução de crimes violentos desde meados de 2017, mas a queda em índices como roubos e furtos está mais relacionada à quarentena imposta pela pandemia de Covid-19.



“Com a restrição das atividades econômicas e menor circulação das pessoas nas vias públicas, ocorreram menos oportunidades para criminosos agirem. Fica mais difícil roubar e furtar, por isso houve redução expressiva”, afirmou Sapori.



Segundo ele, a metodologia aplicada pela Polícia Militar, com metas e cobrança por resultados em todas as unidades, têe se mostrado eficiente no combate aos crimes. Mas para que a segurança pública no Estado melhore como um todo, segundo ele, é preciso aperfeiçoar o trabalho de investigação da Polícia Civil e resolver a superlotação nos presídios.


Cinthya Oliveira / Hoje em Dia

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