* O contrato dezembro do café arábica fechou em queda de 9,4 centavos de dólar, ou 7,1%, a 1,2305 dólar por libra-peso, afastando-se da máxima de oito meses registrada na semana passada e atingindo o menor nível desde o final de agosto.
* Operadores disseram que as previsões de chuvas para áreas secas de cultivo de café no Brasil, maior produtor global, dispararam ordens de venda (“sell stop”) após investidores formarem recentemente uma grande posição comprada em futuros do arábica em Nova York.
* “Assim que as notícias sobre chuvas no Brasil chegaram e os fundos começaram a vender, as ‘sell stops’ dispararam e o mercado afundou”, disse um corretor.
* “O clima foi a desculpa para o rali recente, mas nunca foi uma boa razão. A não ser que dure até depois de outubro, o tempo seco nunca causa danos ao café do Brasil”, afirmou um assessor de “hedge” em café nos Estados Unidos.
* “Com o excesso de oferta massivo no Brasil e um enorme superávit global, o final da fantastia do mercado altista era só uma questão de tempo”, acrescentou.
* Na semana passada, cafeicultores e especialistas do Brasil manifestavam preocupações sobre perdas para a safra de 2021 do país devido à estiagem prolongada, que prejudica o período de floração.
* Um corretor alertou, no entanto, que os preços podem se recuperar se as chuvas aguardadas não forem suficientes para repor a umidade do solo.
* Na semana até 8 de setembro, especuladores ampliaram sua posição comprada líquida em café arábica em 3.852 contratos, atingindo a marca de 33.092 contratos.
* O café robusta para novembro recuou 46 dólares, ou 3,2%, para 1.387 dólares por tonelada.
Fonte: Reuters