Os bons resultados com o café de qualidade no Espírito Santo atraíram Érika Gonçalves da Silva e sua família para o Estado. Eles deixaram o Rio de Janeiro há 2 anos para morar em Dores do Rio Preto e assumiram a produção de café arábica de uma propriedade da família. Érika também é formada em turismo e artesã, produzindo peças de artesanato a partir das sacarias.
“Estávamos procurando uma forma de deixar o Rio, por causa da violência, do clima muito quente e em busca de qualidade de vida. Vimos que a produção de cafés de qualidade estava em alta no Espírito Santo e percebemos que esse trabalho poderia ser aplicado na propriedade, então resolvemos vir pra cá para investir na agricultura”, revelou Érika.
A produção de café de qualidade da família já rendeu prêmio no concurso da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado Minas Gerais (Emater) e eles já comercializam o Café Mahê até pela internet. Érika vislumbra ampliar o leque de culturas da propriedade nos próximos anos.
“Queremos firmar no caminho do café para ter o padrão e a qualidade dominada para depois investir em outras culturas como a piscicultura e o mel, por exemplo”, disse.
Sua formação em turismo aliada à região onde moram, propícia para a atividade, despertou
em Érika a vontade de investir no segmento. “Estamos tentando inserir no cenário da atividade turística de Dores do Rio Preto o artesanato, como forma de expressão da cultura local, a produção da agroindústria que, além do café, também produz pães, biscoitos, doces, compotas, queijos, geleias, mel, embutidos, antepastos. É uma forma de ampliar ainda mais a oferta turística da região”.
E foi através dos treinamentos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo, intermediados pelo Sindicato Rural de Guaçuí, que Érika buscou novos aprendizados para também investir no turismo em sua propriedade.
“Pensamos em atrair pessoas para a nossa propriedade, para que façam tour pela lavoura, possam vivenciar a colheita do café, conheçam os princípios básicos para produzir qualidade e para comprarem nossos produtos. Os treinamentos do Senar são muito interessantes para desenvolvermos em nós novas habilidades”, falou.
A produtora também está criando produtos de artesanato diferenciados, a partir da sacaria de café. “Sou artesã, gosto de linha, de costura e reutilizo peças de sacaria para fazer bolsinhas, ecobags, jogo americano, produtos diferenciados com os cheiros, as marcas do café e com uma pegada sustentável. Tudo para agregar valor à produção e oferecer uma experiência diferenciada ao turismo da região”, revelou Érika.