A Prefeitura de Caparaó registrou um boletim de ocorrência policial contra uma usuária do Facebook, em razão de um comentário dela na Página Oficial do órgão.
Na quinta-feira (18), a Prefeitura publicou em sua página pessoal o boletim epidemiológico do dia, seguido de uma nota explicativa sobre o aumento de casos de Coronavírus confirmados na cidade.
Ao ver o fato noticiado nas redes sociais, uma mulher comentou na publicação principal. “Até quando o povo não quer entender que não tem nenhum caso de Coronavírus em Caparaó?... Vocês da Prefeitura vão ver o que é Corona, seus demônios”, escreveu a mulher. “Sabe por que vocês estão falando que as pessoas morreram de Coronavírus? Porque se a pessoa morrer do nada e colocar como ‘Corona’, o Prefeito estará ganhando dinheiro com cada morte de um dos seus entes queridos”, acrescentou ela.
Além disso, a usuária se referiu aos profissionais da saúde, que averiguam os casos de COVID-19 no Município, como “abutres”, “carniças” “hipócritas”, “mentirosos”, “safados sem noção” e “vermes”.
Ao tomar conhecimento dos fatos, a coordenação do Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus considerou o comentário calunioso e difamatório e decidiu registrar a ocorrência.
“Nota-se que o comentário ultrapassou os limites da mera crítica política, ofendendo a honra dos profissionais de saúde e a reputação da instituição pública, além de insinuar que a Prefeitura Municipal está alterando os resultados dos testes e lucrando com as mortes com COVID-19 em Caparaó, o que, além de inverídico, é criminoso”, disse a Secretária de Saúde.
De acordo com a Assessoria de Comunicação Social do Gabinete do Prefeito, a página utilizada pela mulher para fazer o comentário possui mais de 1.800 membros, ao passo que, somente em relação à nota publicada, apurou-se o total de 33 compartilhamentos e 3.434 pessoas alcançadas – o que, na avaliação da Prefeitura, amplifica ainda mais a repercussão do comentário.
“A Prefeitura de Caparaó sempre primou pelo respeito às opiniões divergentes, princípio fundamental em uma democracia, mas o direito de crítica não pode dar vazão a calúnias, injúrias e difamações contra profissionais que estão arriscando suas vidas para conter o avanço da pandemia na cidade. A internet não é terra sem lei”, acrescentou o Assessor de Comunicação Social.
Na segunda-feira, o caso será encaminhado à Procuradoria-Geral do Município, que estudará as medidas cabíveis para a responsabilização civil ou criminal da internauta.
Fonte: Prefeitura de Caparaó