De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra a unidade de conservação, a estrada que liga a portaria de Pedra Menina, distrito de Dores do Rio Preto, até o acampamento Macieira, em Minas Gerais, foi seriamente danificada pelas intensas chuvas do mês passado.
Houve deslizamentos de barreiras, quedas de árvores, leito da estrada destruído, pontes danificadas e outros danos estruturais, não tendo condições mínimas de trafegabilidade e segurança, há trechos em que o próprio leito da estrada cedeu. Ontem, funcionários do ICMBio e especialistas em engenharia e obras da Unidade Avançada de Administração e Finanças (UAAF-Teresópolis) estiveram percorrendo os trechos do parque para fazer um levantamento de informações dos estragos.
O fechamento do Parque Nacional do Caparaó já está trazendo impactos negativos economicamente e para o turismo de Dores do Rio Preto e Alto Caparaó, consequentemente, refletindo em toda a região do Caparaó.
De acordo com a secretária de Turismo do município de Dores do Rio Preto, Dalva Ringuier, os empreendimentos turísticos já começam a sentir o “golpe”, pois este é um dos períodos em que a região mais recebe turistas vindos de várias partes do Brasil.
“Sabemos que no momento o parque sofreu impactos com fortes chuvas. Dessa forma a própria administração do local não tem previsão de quando vão conseguir resolver essa situação. Com a entrada do parque fechada, com certeza vai afetar todo o entorno do Caparaó na movimentação turística”, lamenta Dalva.
Comprometidos em viabilizar a recuperação das estradas e estruturas danificadas e também empenhados em acelerar a reabertura do parque, empresários que compõem o Circuito Caparaó Capixaba buscam alternativas para captar recursos e minimizar os prejuízos do setor turístico da região.
De acordo com o presidente do Consórcio Caparaó Capixaba, Marcelo Sanglard, é importante que a região do Caparaó consiga ser mais divulgada por conta de suas belezas naturais, com a formatação de roteiros alternativos, visitas a propriedades, cachoeiras no entorno, criação de trilhas para caminhadas, entre outros.
“Estamos preparando algumas opções para que o turismo não seja impactado pelo fechamento do Parque Nacional do Caparaó, visto que a região oferece tantas riquezas naturais e opções de entretenimento, além do parque. Vamos buscar uma maior visibilidade com vídeos para divulgação dos atrativos”, explica o presidente.
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