29/06/2020 às 20h00min - Atualizada em 29/06/2020 às 19h45min

O tal do novo normal

RENATA MARTINS

RENATA MARTINS

PRODUTORA CULTURAL - ATITUDE PRODUÇÕES

O tal do novo normal...

Enquanto muitos esperam o "novo normal" ressurgir, outros buscam identificar o que está sendo transformado agora para entender e participar da construção do atual cenário do mercado.


Muito do que estamos lendo ou escutando, são frases do tipo "quando a crise passar...", "quando voltarmos ao normal...", "quando a vacina chegar...". Mas e se não passar? Alguém já parou pra pensar nisso?


Um dos segmentos mais atingidos com esta pandemia, é o mercado cultural e do entretenimento, e se ao invés de um "novo normal", essa seja simplesmente a realidade daqui em diante?


Independente do futuro que nos espera, o conceito de entretenimento e evento, não são exclusivos de obras realizadas em contato físico, o manter junto, reunir, divertir e acontecer são mais do que possíveis em rede virtual, on-line.


E isso não é nenhuma novidade!


O primeiro evento registrado na história data em 776 a.C onde ocorreu a primeira Olimpíada em honra de Zeus, claro que não precisamos ir tão longe, mas desde o advento das redes sociais, temos os primeiros eventos online rolando por aí.

Quem se lembra dos chats da Uol, Aol, Mirc, ICQ e muitos outros que vieram antes e depois...
Pois bem, realizações que uniam pessoas afins para um determinado objetivo.


Com o tempo, a ferramenta da internet foi cada vez mais utilizada para diversas realizações, principalmente no setor corporativo com palestras, reuniões, workshops.. Mas não só para o business se voltava esta revolução, muitos shows e apresentações virtuais já tinham público cativo anos antes do COVID 19 se espalhar pelo planeta, além das transmissões ao vivo de grandes espetáculos presenciais, como RIR por exemplo, sendo inclusive responsável por grande parte da receita do evento.


A tendência de eventos híbridos (acontecimentos de forma presencial e virtual unidos) é tão forte que já nem pode mais ser considerado tendência e sim a maior realidade que temos para este mercado.


A incerteza é a unica certeza, enquanto restaurantes em Amsterdã estão se adaptando para voltar a funcionar respeitando as normas de distanciamento, eventos para até 800 pessoas voltam a acontecer em Junho na Espanha e na China clubes fechados voltaram a reabrir, a Coréia do Sul acaba de fechar 2.1 mil bares e clubes depois de identificar uma nova onda de contágio após a primeira reabertura, a Europa declarou o fim dos seus de festivais de verão, as principais capitais do Brasil estão às vésperas de um lockdown e o Google anunciou que pretende manter seus funcionários trabalhando em home-office até 2021.


É essa a ambiguidade de cenários que vivemos nos dias de hoje, uma realidade que, infelizmente, tende a permanecer inalterada pelos próximos meses.


Por isso, ao invés de dedicar seu precioso tempo tentando prever o imprevisível, talvez seja a hora de encarar a crise não como um momento temporário, seguido de um novo normal, mas sim como uma nova realidade que vai demandar de todos uma série de novas habilidades, conhecimentos, inteligência emocional e criatividade.


Em todo o mundo, diversas festas vêm acontecendo no zoom, como noticiado no G1:


- A festa The Zone, criada em Londres, já teve duas edições divididas em até 16 ambientes, incluindo uma "estação do flerte".


- De Toronto saiu o Club Quarentine, que recebe até mil pessoas, sempre com fila (virtual), e foi chamado pelo site "The Cut" de "o clube mais quente" da quarentena. Em uma destas festas do Club Quarentee, em parceria com a revista "Paper", Pabllo Vittar foi DJ. Charlie XCX também já discotecou por lá.


- Em Nova York há o Club Quarentee, que tenta emular uma experiência "VIP", com ingressos de US$ 10 a US$ 80 - os mais caros permitem entrar em salas junto de DJs webcelebridades e dançarinas.


- Em Berlim, a meca dessa cena, os clubes se juntaram no site United We Stream, que transmite DJ sets todas as noites, além de reunir doações. Com filiais em outras cidades da Europa também.


- O DJ carioca Omulu foi um dos que migrou seus eventos presenciais para o online. Omulu vende ingressos para a sua festa como qualquer outra. Conecta seu som diretamente no Zoom e, enquanto toca, a galera interage no chat.


Seguimos nos atualizando, e tendo a certeza que o novo normal nada mais é que a nova realidade, portanto não devemos esperar que algo mais aconteça, porque já esta acontecendo, agora!


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