03/07/2024 às 11h53min - Atualizada em 03/07/2024 às 11h53min

Mulheres do Café: cursos incentivam produção de cafés especiais e sucessão familiar

Dores do Rio Preto

 

Cafeicultoras do Espírito Santo estão aprendendo sobre a classificação e a análise sensorial de cafés em cursos gratuitos ofertados pelo projeto Mulheres do Café, conduzido pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Além de capacitar as participantes para a produção de cafés especiais, a iniciativa incentiva a sucessão familiar nas propriedades, ao envolver as filhas de agricultores nas atividades. 

“Um dos nossos objetivos é mostrar às jovens que a produção de cafés de qualidade tem um grande potencial. É uma alternativa viável e rentável à qual elas podem se dedicar, dando sequência na gestão das propriedades atualmente conduzidas por seus pais e fortalecendo o protagonismo feminino no meio rural. Por isso, estamos mobilizando as duas gerações para a participação nas capacitações”, explica a extensionista Patrícia Morais da Matta Campbell, coordenadora do Mulheres do Café.  


Gabriela Medeiros, de 23 anos, trabalha com o pai em uma propriedade no município de Dores do Rio Preto, onde já produzem café da forma tradicional. Para ela, a participação no curso veio em boa hora, uma vez que pretendem iniciar a produção de café especial neste ano para agregar valor ao produto.   


“Ajudo meu pai na gestão da propriedade e, agora, também vou ser a responsável pela produção do café especial. Então, o curso foi muito bom para mim, me ajudou a aperfeiçoar o que sabíamos”, afirma Gabriela Medeiros.  


Além de treinamento em classificação e degustação de cafés, as participantes recebem orientações sobre os dez mandamentos para produzir café com qualidade, metodologia consagrada desenvolvida e adotada há anos por profissionais do Incaper. As atividades são ministradas por Patrícia Matta, que é engenheira agrônoma, doutora em Ciências Ambientais e Florestais e especialista em Avaliação Sensorial de Café (Q-Grader Arábica).   


Desde abril deste ano, quando o projeto teve início, já participaram de cursos, palestras e reuniões mais de 100 produtoras dos municípios de Muniz Freire, Alegre, Dores do Rio Preto, Ibatiba, Alto Rio Novo, Muqui, Iúna, Linhares, Guaçuí e Afonso Cláudio.


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