Segundo Edileuza Vimercati Morelli, seu primeiro interesse no plantio de flores surgiu quando participou do I Encontro de Floricultores, em Guaçuí, em 2017. A partir dali ela procurou orientação com as técnicas do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Márcia Varela e Priscila Nascimento, dos escritórios locais de Guaçuí e Dores do Rio Preto, respectivamente, participou de treinamentos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), e começou a participar das reuniões da Associação de Produtores de Flores e Plantas Ornamentais do Sul e Caparaó-ES (Sulcaflor).
Em 2019 ela participou da 26ª Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas (Hortitec), em Holambra (SP), acompanhando a missão técnica do Sebrae, que busca capacitar produtores de flores e plantas ornamentais do Espírito Santo. Foi, então, que começou a definir o que queria cultivar. Os treinamentos não pararam e ela, com o apoio da família, tenta participar de todos.
Hoje, com o acompanhamento da engenheira agrônoma Ana Terra, do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar, e também das extensionistas do Incaper, ela espera aumentar sua produção de rosas e implantar o cultivo de outras culturas como o tango (Solidago canadenses), a áster (Symphyotrichum tradescantii), o lisianthus (Eustoma Grandiflorum) e, possivelmente, uma espécie para cultivo em vasos.
O marido sempre a incentivou a participar das capacitações, porém uma de suas dificuldades foi conseguir convencê-lo a ceder a área para o cultivo das flores, mas Edileuza Morelli conta que ao perceber que ela estava levando o assunto a sério, ele cedeu e agora a ajuda no trabalho no roseiral. Outra dificuldade que a produtora destaca é a dificuldade de encontrar alguns insumos de produção na região, tendo que buscá-los nos grandes centros.
“Começamos com poucas plantas para irmos aprendendo, pois é tudo muito novo. Tivemos o ataque de algumas pragas, mas estamos conseguindo controlar um pouco e mesmo com as perdas estamos conseguindo colher e vender a produção inicial”, explicou Edileuza Morelli.
A engenheira agrônoma, Priscila Nascimento, do escritório local do Incaper de Dores do Rio Preto, ressalta a importância do acompanhamento técnico na área de produção para identificação de pragas e doenças. “É importante o produtor sempre seguir as orientações técnicas, além de estudo da sua melhor forma de controle, buscando o uso mínimo de defensivos agrícolas e dando preferência por práticas de controle alternativo, biológico e manejo do ambiente de cultivo”, disse.
Safra ES